
ARTISTA




GAVIRA
Gavira herdou de sua família espanhola, a aversão ao conformismo. Procurou sempre por algo que pudesse ser transformado, alterado de acordo com o seu sonho.
Não aceitando as ondas culturais impostas na arte, onde os interesses de grupos sobrepujam a estética e a ordem, Gavira voltou às bases, estudou anatomia humana, desenho utilizando o lado direito do cérebro; ainda insatisfeito pesquisou a fundo o grande segredo da natureza percebido pelos Egípcios e estudado pelos mestres da Grécia Antiga: A Proporção Áurea.
Com essas informações, consolidadas no inconsciente, Gavira explicita seus “monstros”, seu sonho e faz com que seus trabalhos pareçam nascer espontaneamente.
Seus trabalhos: Uniões e Engates
A infância de Gavira ocorreu próximo à estação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, acompanhando as manobras dos trens, o trabalho do maquinista (herói para as crianças da época) alimentando a fornalha da velha Maria Fumaça ou colocando os pinos nos engates dos vagões de cargas. Essas manobras chamavam a atenção do artista: A união de peças que resistem ao peso e à força e se completam.
O engate do trem, homem e mulher, macho e fêmea, In e Yang, embora com formas diferentes se harmonizam e formam um todo.
Os trabalhos de Gavira têm formas alteradas ou pensamentos distorcidos? Não; o que vemos são forças ocultas nas figuras, são humores e sensualidade que se manifestam na união, acoplamento e no acasalamento.
Nada supera essa união.
Suas esculturas às vezes dão a sensação de que podem viver separadas. Tem a graça, a liberdade para estarem sozinhas. Mas logo que se unem explodem em energia e resplandecem em algo onírico.